terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Apenas a entrada.

Há pouco mais de três anos começava o mise en place de um prato totalmente especial. Foi preciso comprar utensílios, ler e reler cuidadosamente a receita. Os ingredientes foram chegando dias após dia, alguns tiveram que ser substituídos e outros foram muito bem vindos. Algumas vezes foram feitos testes um pouco frustrantes, porém com uma ajuda de um lado e um acerto de outro tudo se resolvia. Talvez tenha demorado um pouco para aparecer por aqui por estar finalizando o tal prato. E esta semana estamos colocando a salsinha da decoração, a manteiga no risoto ou quem sabe a cereja do bolo. Talvez tenhamos que corrigir o tempero um pouco mais a frente, mas tenho a certeza absoluta, experimentando cada etapa, que não irá decepcionar a quem experimentar. Espero que quando chegar à mesa, todos lembrem que foi feito com muito carinho, esforço e dedicação e que sim, ainda é apenas a ENTRADA.


Bom apetite a todos nós formandos 2010/II – Gastronomia Univali

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

E se...

E se talvez o camarão não me fosse alérgico e eu pudesse comer sempre que aquele cheiro delicioso tomasse conta da cozinha, e se talvez tivéssemos que colocar sal para adoçar o café e o açúcar para dar sabor ao macarrão a bolonhesa, e se talvez o energético fizesse-nos dormir e o maracujá nos deixasse acordado, e se a comida da mão pudesse viajar milhares de quilômetros e chegar ainda quentinha pra comer, e se talvez alface engordasse e bacon emagrecesse (ah que bom seria hahaha), e se o tal fouet não existisse e tivéssemos que bater os ovos com o garfo (bom, nós nos acostumaríamos), ou talvez se me fosse dada um dia outra chance de viver gastronomia, eu não pensaria duas vezes, deixaria todos esses “SES” de lado e me deliciaria novamente com tudo que há de bom nesse mundinho de comidas e descobertas.


Escrevendo pouco ao som de Michael Bublé - Crazy Love

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Pensar Gastronomia


Desde os 12 anos, quando nos mudamos pra casa nova eu comecei as minhas peripécias na cozinha, um bolo de microondas ali, outro arroz na hora do almoço pra ajudar a mãe. E eu adorava, sempre gostei da cozinha, daquela confusão que se fazia na segunda feira, dia de feijão, acompanhado de arroz, bolinho de carne, couve refogada e salada de alface, que eu sempre deixava pro final junto com o caldinho de feijão. Vem desde essa época minha paixão pela cozinha, uma paixão meio controversa, eu penso gastronomia não só pela ciência, não só pelo fato de nos dar prazer na hora de cozinhar ou no momento em que dividimos a alegria de uma mesa cheia com os amigos. Eu penso gastronomia como arte, a arte de uma mesa bem arrumada, a arte de um prato bem elaborado, penso gastronomia como uma coisa que se aproxima de obras de arte. Penso gastronomia como escrita, um cardápio bem feito pode levar você a se apaixonar por uma comida antes mesmo de ela ser degustada. Pensar que antes de qualquer cliente estar sentado à mesa, já estivemos nessa mesma discutindo como será feito cada detalhe para que se tenha uma “perfeição” na hora que o cliente chegar para ter, porque não, a melhor refeição da sua vida. Pensar gastronomia é sentar pra comer qualquer coisa e sempre fazer um comentário sobre o que está sendo servido e o porquê estamos ali degustando aquele prato. E é engraçado como nós, que estudamos para isso, vemos as coisas de outro ângulo, de uma forma totalmente diferente, sempre temos aquele olhar critico pra aquela salsinha decorativa que chegou no lugar errado. E eu gosto muito de pensar assim, que cada pessoa, com a sua experiência, têm uma forma de reagir à comida que chega à mesa para ser degustada. Um arroz com feijão pode me trazer a lembrança de uma segunda feira engraçada, como para outra pessoa pode trazer qualquer outra história de família e para o seu amigo, ali do lado, que não suporta gostar de feijão, pode trazer uma idéia totalmente diferente desse momento idêntico, ou não, que todos estão vivendo. Pensar gastronomia é único e extremamente especial para cada pessoa. Pense nisso.

Pensando gastronomia ao som de Beatles – We can work it out

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Gastronomia é plural

Teve uma época em que tinha que almoçar sozinha em um restaurante, e não tenho boas lembranças desse tempo em que a minha única companhia era talvez a do garçom que vinha pedir o que eu gostaria de tomar (era sempre uma água sem gás). Gosto de mesa cheia, de demorar pra terminar de comer por ter muitos assuntos pra colocar em dia. Gastronomia é plural, pode ser aquela confusão na mesa do Natal ou a rotina do almoço diário com os amigos da faculdade. Vejo da melhor forma possível aquelas pessoas que dividem a mesa do refeitório com desconhecidos, talvez nem tão desconhecidos assim, mas que se não fosse aquele espaço sobrando, aquela cadeira vazia, não fosse conhecer uma pessoa diferente e porque não, especial. Gastronomia é plural, um ingrediente sozinho “não faz verão”, o sal sozinho pode ser só o sal, o sal como acompanhante pode ser o melhor ingrediente que podemos conhecer. Gastronomia é plural, uma pizza fica muito mais divertida e interessante quando discutimos a vida em uma mesa rodeada de amigos ou quando brigamos pelo ultimo pedaço na bandeja do garçom. Deixamos até de sofrer pelas calorias pelo tanto de assunto diante de uma mesa repleta de tentações. Gastronomia é plural naquele barzinho de esquina com os amigos, no pastel da feira de sábado de manhã junto da mãe, no restaurante que você adora ou naquela churrascaria que você vai só pra agradar teu pai. Gastronomia é uma palavra grande, e pra mim é igual coração de mãe, sempre cabe mais um, pode chegar.


Escrevendo no plural com Beatles – Here Comes the Sun

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Ooby Dooby Rock

Ontem fomos ao Ooby Dooby, como sempre vamos, pelo menos uma vez por mês desde que abriu em fevereiro. Normalmente (ou em quase todas as vezes) na terça-feira pelo querido 50 por cento nos lanches gourmets. O de ontem estava especialmente delicioso. Eu sempre escolho o mesmo, por medo de me arrepender, coisa que tenho que parar de fazer. A escolha foi unanime, todas as três pedimos o Classic. Pedimos a bebida antes para ficar nos distraindo enquanto o pedido não chega, até porque normalmente demora um pouquinho, mas ontem chegou super rápido. Ai ficou aquela coisa, gostamos pela rapidez do pedido e ao mesmo tempo não gostamos de tomar chopp com a comida. Com a pressa do lanche em chegar na mesa ficamos beliscando as batatas fritas que acompanham o hambúrguer. Me arrisquei até em misturar um pouco de mostarda com o catchup, coisa que nunca faço. A cozinha foi muito feliz na cocção de todos os ingredientes, deixando aqui um salve pro bacon que estava deliciosamente crocante. Apenas uma coisa a ressaltar, a porção da batata deveria ser porcionada de modo que todos viessem com a mesma quantidade no prato. Enfim, com o hambúrguer acompanhado da batata frita e o chopp foram gastos 15 reais, muito bem aproveitados.



Classic


Ah, outra coisa que gosto muito lá são os sofás em forma de U que circundam a mesa, fica uma coisa mais confortável. Sempre vou pensando em conseguir aquelas mesas, por que as outras do meio são meio desconfortáveis e no deck de fora bate muito vento (e se tem coisa que me irrita é muito vento e guardanapo voando).

Escrevendo ao som de Seu Jorge – Eu sou o samba

domingo, 29 de agosto de 2010

Verão fora de época

Praia do Forte - Janeiro 2009

Adoro quando o verão vem dar voltinhas nesse inverno chato que insiste em não ir embora. Domingo lindo, daqueles quentes e com bastante sol. Prometo vou tentar tentar acordar mais cedo nos próximos dias pra pelo menos sentar ali no banquinho da praia e curtir o sol comendo um milho e tomando uma água mineral :D
Bom começo de semana pra todos nós. A minha já está começando muito bem :)

Ao som de Inimigos da HP, esquentando pra festa de logo mais

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Notinhas Gastronômicas, adoro juntar a escrita com a gastronomia, ainda vou seguir essa área :D

SALSA BRAVA - Itajaí

Combinamos o almoço na Brava a semana inteira e quanto mais perto chegava o sábado, ficava mais ansiosa para conhecer a tal Cevicheria. Chegou o esperado dia, daqueles com sol e frio. Acordamos tarde e fomos já morrendo de fome. A espera não decepcionou, Salsa Brava, lugar agradável, aconchegante. Escolhemos uma mesa na sacada e do lugar aonde sentei dava para ver o céu azul ficando todo colorido com os parapentes saltando do Morro do Careca. O cardápio chegou e a escolha foi unanime, todas escolheram bife a parmegiana acompanhado com arroz, feijão, fritas ou purê e salada. A proteína pra mim se tornou coadjuvante diante da alface americana totalmente crocante e extremamente deliciosa (e olha que eu nem sou muito de salada). Experimentei também um ceviche de peixe com guacamole, mas não foi o que eu esperava, ainda achei o gosto do peixe muito forte. De acompanhamento pedimos um suco de abacaxi, que surpreendeu novamente, não sendo de polpa e sim da fruta mesmo, coisa que pouco acontece nos restaurantes. No final todas saímos satisfeitas, mas não sem antes degustar um cappuccino dos deuses. Atendimento muito bem feito e pessoal bem receptivo. Saímos de lá gastando com o prato executivo acompanhado de suco e cappuccino somente R$ 12,50. Já espalhei a fama e a volta é certa, com certeza.

RISOTO DO ARTHUR

Já era tarde quando Arthur me chamou pra almoçar. Combinei com as meninas de irmos juntas, passamos no mercado, compramos a cerveja e fomos. Dia feio com neblina, mas não era frio. Chegamos lá era quase 4 horas da tarde, Arthur já estava com os ingredientes todos picados e porcionados. De entrada comemos um magret de pato, sou suspeita pra falar, mas estava delicioso. Entre um copo de cerveja, uma conversa jogada fora e um potinho de pistache, ficamos esperando o tal risoto de bacalhau ficar pronto. E a espera valeu à pena. O risoto de bacalhau estava no ponto, super cremoso. Pra quem quisesse tinha pimenta e sal a gosto na mesa para acrescentar. Foi acompanhado de Coca Cola e de água para mim que não tomo refrigerantes. De sobremesa nada melhor que um brigadeiro de colher, que dispensa comentários. A conversa tomou a noite e nós tomamos a cerveja. O final da semana foi diferente e teve cara de dever cumprido. No mínimo bastante agradável.

Escrevendo ao som de Ben Harper - In your Eyes ;)

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Carol por Carol

E os óculos se tornaram lentes de contato. E o cabelo que era liso ficou enrolado e fez-se liso de novo. E as unhas que eram pequenas e neutras hoje estão ficando compridas e com muitas cores (e eu ainda custo a me acostumar). E as cartinhas coloridas hoje viraram e-mails engraçados. E eu que pensava que morar sozinha era muito bom não sabia que dividir um apartamento pode ser ainda muito mais divertido. E o primeiro período da faculdade é tudo novidade assim como segundo, o terceiro, todos os outros e principalmente o ultimo, merecedor de muitas emoções. E a gente reclama que a aula demora muito a passar, mas reclama mais ainda que os meses passam voando e que final do ano mais um ciclo está terminado. E quando pequenos achamos que meninas e meninos nunca poderão ser amigos! Coisa que hoje eu gosto muito e acho muitíssimo interessante. E a gente descobre que aquela saudade que a gente sentia dos amigos de escola no fim de semana se torna muito maior quando seus amigos vão embora e ficam longe por muito mais que apenas dois dias. E o suco de uva continua a ser bom, mas um vinho é muito mais agradável. E eu que achava o máximo ter aula no sábado, hoje sofro a semana inteira pelo meu final de semana reduzido, mas ainda acho o máximo “perder” o sábado com pessoas super do bem. E aqueles horários de almoço em casa em que só passava esporte na televisão e se falava de futebol o tempo inteiro me fez achar isso muito interessante, e hoje me pego conversando com os meninos sobre a tabela do campeonato e sobre aquela tal Jabulani que teimava em ir pro lado errado. E quando moramos longe da praia e sonhamos em acordar todo dia cedinho e ir ver o mar, mas ai você repara que além do mar, temos coisas muito mais interessantes em uma cidade litorânea, não o desmerecendo, é claro, embora pra mim ele tenha tornado-se um coadjuvante. E a gente descobre que aquele batedor de ovos se chama fouet, mas se você for a uma loja vai ter que chamá-lo por aquele nomezinho feio e antigo. E aquele mundo que eu e meu pai viajávamos toda noite em um mapa estirado no chão da sala é o mesmo mundo que eu ainda quero desvendar. E eu ainda tenho que descobrir como dormir mais cedo, mesmo tendo que acordar cedo no outro dia (ou no mesmo dia), e também deixar de esquecer a minha chave quando saio de casa. E tenho que aprender a resgatar meu óculos de sol quando saio a tarde e volto só a noite. É importante também comprar uma bolsa pra não sair derrubando tudo quando preciso carregar muita coisa, e é por isso que bolsos são indispensáveis nas minhas calças. E eu sempre tenho que levar uma lista ao mercado, caso contrário, acabo levando tudo, menos o necessário. Enfim...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Ciclos

Ciclos, tenho falado muito disso ultimamente. Ciclos que começam, ciclos que acabam. É engraçado como uma coisa que fazia tanta importancia no passado hoje já nao faz mais algum sentido e outras, em que eu nao dava tanto valor me faz ficar pensando horas e horas. Muito engracado também é a forma em que cada um se encontra em determinado periodo. Nesse começo de ano eu estou pra sentir saudade e para fazer planos, parece que o presente nao tem mais tanto valor. Sinto saudade daquelas amizades que eu só encontro aqui, do outro lado da tela do computador e que me fazem rir, chorar e agradecer por elas existirem, saudade daqueles momentos bons, daquela musica engracada, daquele dia que nunca será esquecido. E os planos, aah os planos, fico pensando nisso todo o santo dia, de como vai ser, das risadas que irão acontecer, do que vou fazer quando terminar a faculdade, das coisas novas que virão. Falando da forma em que cada um se encontra, eu me encontro pra saudade, outros pro amor, e é tão interessante ver que cada pessoa está em fases diferentes mas podem dividir e entender da melhor forma possivel as outras.

P.S: Nando Reis - Pra você guardei o amor (demaaaaaaaaaaais)

terça-feira, 6 de abril de 2010

Final de semana de Páscoa, casa cheia, nunca tinha passado o tal feriado em Beltrão. E foi tudo muito diferente. Depois das 17 horas de viagem de volta pra casa deu até pra colocar as idéias em dia. Mas, voltando ao feriado, reunimos os amigos de faculdade do meu pai, aquele que dividia o quarto com ele, aquela amiga que ele tirava xerox dos cadernos. Foram três dias de conversas e bebedeiras e eu prestando atenção em tudo que acontecia. É muito engraçado, pode ser em 1980, pode ser em 2010, as amizades serão sempre as mesmas, sempre terá aquele mais palhaço, que faz piada de tudo, aquele que ainda é todo alternativo como no tempo de facul, aquela amiga que continua estudando desde o dia que terminou as aulas. Eu fiquei viajando e pensando como vamos estar daqui a trinta anos, rindo de tudo, das brigas, das festas, das viagens, contando historias que até entao nao tinham tanta importancia, mas que depois valem a pensa serem lembradas. Se a gente já lembra de coisas de dois anos que se passaram, trinta anos devem fazer uma puta diferença. Penso que a minha turma de facul nao vá se reunir de cinco em cinco anos como acontece com a do meu pai, eles tem uma magia diferente de tudo, uma sintonia grande. Talvez com os amigos mais próximos isso possa acontecer, e eu vou fazer de tudo pra que aconteça. Se eu já fico contando os dias pra nos reunirmos de semestre em semestre, seria lindo reunir todo mundo depois de trinta anos de tudo vivido. Mas enfim, vamos viver o presente, vamos rir quando chegar um email divertido, vamos esperar pelos encontros do proximo mes, vamos esperar uma visita inesperada, vamos acordar e ir pra faculdade, nao pensando tanto no dia de amanha e no que pode acontecer. Acho que por hoje é só ;)

Testando.

Precisava de algum lugar para escrever, pra pensar, pra homenagear, pra me distrair. ;)